Mulheres Selvagens são Mulheres Reais

A imagem que criamos de uma mulher selvagem não existe. 

Estamos constantemente à procura do glamour de um arquétipo, sempre colocando-o como algo sobrenatural.

Mas não é assim que funciona!

A mulher selvagem é aquela que escolhe a vida que quer viver.

Aquela que decide não se casar.
Aquela que não deseja ter filhos.
Aquela que decide morar sozinha,  afastar-se da família por não se sentir parte, aquela que assume a sua orientação sexual e aquela que é dona do próprio negócio.

A mulher selvagem pode estar à margem da sociedade e, se duvidar, ela até se encontra nas chamadas "minorias", porque ela luta pelo que acredita e pelo que é.

Por outro lado, ela também está no casamento, na maternidade, na família, mas estabelece limites de convivência, diz não quando necessário e coloca-se, acima de qualquer condição, como mulher.

Ela está nos tribunais, nos hospitais, nas instituições públicas, assim como pode estar nas ruas como uma pessoa comum.

A mulher selvagem anda em carros luxuosos, autocarro, metro, bicicleta. Ela cumpre com as suas responsabilidades, não nega as tarefas do dia e está sempre disposta a conseguir resultados. Ela é mais comum do que possas imaginar.

Mas o que define uma mulher selvagem não é o que ela faz da vida, mas sim a presença que ela tem no que faz e nas certezas que possui sobre si mesma.

Onde quer que ela esteja, ela será diferente do esperado e do imposto, porque ela não se resume aos papéis que a vida lhe impõe, mas sim à necessidade de ser mulher.

Na maioria das vezes, ela passará despercebida aos nossos olhos e, quando notada, será julgada por ter opinião própria e por ser dona do seu próprio destino.

Uma mulher selvagem incomoda demais!

Ela tem o poder de mexer com as sombras daqueles ao seu redor, porque, no fundo, ela é tudo aquilo que rejeitamos por não querermos lidar com as mudanças necessárias.

É preciso ser verdadeiramente livre do sistema para ser uma mulher selvagem.

Mas elas estão por aí, mais próximas do que possas imaginar, porque embora elas sejam o que são (presença feminina), as mulheres selvagens são reais.